terça-feira, 25 de janeiro de 2011

PERSONA - 1966


Yeahhhh!! Hoje o nosso conviado é um cara que jamais poderia faltarem um cinema que preste. Ingmar Bergman é fudamental para a sétima arte, tanto quanto o ovinho de codorna é para a Serra Malte! Falemos então de uma de suas produções mais enigmaticas:



PERSONA é a película que nos apetece...



Falamos de um daqueles filmes que você pode assistir umas 450 vezes, que sempre você terá um entendimento diferente do mesmo. Abolutamente todas as interpretações e análises podem ser feitas a partir de um material, como de costume, bastante conciso e reforçado por um excelente roteiro e atuações magníficas. Nada surpreendente quando se trata de Bergman.



PERSONA conta a história de uma atriz de teatro (Liv Ullmann) que de uma hora para outra, fica completamente avessa ao diálogo, e se refugia numa casa de campo acompanhada de uma enfermeira (Bibi Andersson). A partir de então, Bergman joga o espectador para dentro de um em mergulho na alma humana, explorarando suas entranhas mais obscuras.



Uma piração doida começa com a relação das duas mulheres. Aos poucos, a enfermeira começa a se abrir e a contar para a paciente, que permanece completamente muda, seus mais sórdidos segredos e experiências, culminando com a descrição bastante real de uma experiência sexual entre ela, uma amiga e dois homens desconhecidos. Aos poucos Andersson e Ullmann parecem se fundir em uma só personagem, com Bergman chegando a indicar alguma coisa sobrepondo inclusive o rosto das duas.


A fotografia espetacular ficou por conta do pareceiro Sven Nykvist. E como de costume no Cine Xangai, deixamos aquele recadinho delicado:



QUEM NÃO ASSISTIR TEM A MÃE NA ZONA!



Corri!




sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

SOB DOMINIO DO MEDO - 1970


Em 2011 a gente vai começar a dar uns replay aqui, nos cineastas que fizeram filmes que justifica a volta aqui nos nossos esplendorosos cartazes. Então que nome melhor do que ele, pra dar inicio a balburdia??


Sam Peckinpah ta na area!


Pois é... SOB DOMINIO DO MEDO é um filme ímpar na história do nosso grande esteta da violencia. O homem que ensinou o cinema mundial a tirar da sangueira, das mortes, dos tiros, pancadas e afins, o lirismo que a sétima arte pede. Afinal de contas cumpadre, filmar florzinha é fácil. Quero ver fazer de um estupro, algo lirico...


Vivamos o ano da graça de 1970. Sam Peckinpah já tinha dado as caras anos antes, já tinha um nome de respeito em hollywood após filmes como MEU ÓDIO SERÁ TUA HERANÇA e A BALADA DE CABLE HOGAN. Tinha tudo para seguir na mesmice óbvia, da “receita do sucesso” mas a inquietude é o que marca o gênio. E inquieto feito a porra, Peck queria mais. Muito mais...


Tinha um amigo; Gordon Willians. Este, era uma escritor de novelas e livros policialescos bemmmm Pulp's. Dentre seus libretos, um, chamou muito atenção de Peck; THE SIEGE OF TRENCHER'S FARM. Contava a história do choque cultural causado por um professor americano que ia viver numa vilazinha no interior da Inglaterra. Pronto...


Tava a caminho um dos maiores filmes da obra do mestre.


SOB DOMINIO DO MEDO virou um filme sobre a vida do professor David Sumner. Um intelectual timidão, meio bocó que se muda para a região de Cornualha com sua mulher, a tesudissíma, gostosissíma, delicia-master da Susan George, fazendo o papel de Amy. Uma inglesinha de comportamento meio estranho, meio dúbio. De cara, os tranqueiras locais, toscos e brutos não gostam do professor interpretado genialmente por Dustin Hoffman. Aos poucos vão perdendo o respeito por ele e o climax esquenta com os flertes de um dos nativos com sua esposa.


Tudo isso, culmina maravilhosamente bem para a provocação que fiz com vocês no começo dessas linhas; O sujeito agarra a esposa do professor a força. Será?!?! Bem...


SOB DOMINIO DO MEDO é um marco para todos os outros filmes policiais, ou não, do Realismo no cinema americano dos anos 70. Laranja Mecanica, Dirty Harri, Espantalho, Serpico, Dia De Cão... Todo mundo rezou na cartilha de Sam Peckinpah ao longo daquela década. Agora é com vocês.


Só dar play e ser feliz.


Corri...



segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

VIXEN - 1968



E em meio a chuvas e porradas pluviais a bandidagem da sala escura ta de volta mermão... Os Bandidos do Cine Xangai entram em 2011 trazendo um dos papas da parada, o chefão, o “boss” o dono da porra toda! Então que a várzea saia da frente porque o “crime” num é pra amador cumpadi. Ainda mais os nossos aqui, sem arma gringa, sem grana, apenas na cultura mesmo. Então va lá...

Russ Meyer é o cara!

Nosso amado diretor, mestre supremo do cinema yankee, o ex fotografo da playboy que revolucionou o jeito de se fazer cinema por lá e pelo mundo todo, já tinha uma filmografia considerável em 1968. Então decide por criar a série mais famosa do cinema puto dos anos 60. O começo se dá a partir do instante em que, nosso mestre baba todo o balcão de um boteco de quengagem em San Fernando Valley vendo uma tal Erica Gavin chacoalhando o rabo de tanguinha na sua frente.

Preciso fazer algo pra ela..” e fez...

VIXEN é a história de uma marafona deliciosa, que mora com o marido, no meio de uma floresta. O corno gosta mais de montanha que da nêga e obviamente isso dará merda. Descobre-se então uma sujeita insaciavel, chegada numa fodeção plena, afins de conhecer absolutamente tudo na seara da atividade horizontal...

Era uma época onde tudo tava rolando. O ano de 1968 foi o ápice da revolução sexual dos jovens de então e o nosso mestre, mostra isso do jeitão dele de maneira espetacular. Sem frescura, sem papagaiada, sem “academicismo”, Russ Meyer da sua marca na parada.

O filme tae embaixo. Só clicar, dar play, e assistir...

Corri...