segunda-feira, 25 de junho de 2012

OS INCOMPREENDIDOS - 1959



Uma vez FRANÇOIS TRUFFAUT falou o seguinte sobre o filme Passaros do mestre Hitchcock: “O cinema foi inventado para que semelhante filme fosse feito”. Então já tamo pegando essa mesma frase para falar de OS INCOMPREENDIDOS de 1959 do meeestreeeee FRANÇOIS TRUFFAUT aqui, no Cine Xangai...

Todo fotografado em preto-e-branco, Os Incompreendidos acompanha o dia a dia de um pivete de 12 anos pelas ruas de Paris do ressaquento pós guerra, nos anos 50. Sempre fudido, se metendo em criacao jovem Antoine Doinel mata aula e mente que a mãe morreu, ergue um altar em honra de Honoré de Balzac e quase mete fogo na casa, rouba e se arrepende... Toca o satanás!.

O roteiro, do próprio Truffaut, em parceria com Marcel Moussy, não tem porra nenhuma de pieguice, não lambuza a infancia e nem trata criança como débeis; Tem todos os tons realistas, fortes, que marcariam a era que ficaria conhecida como Nouvele Vague, quando a França ousou ensinar ao mundo como faz cinema. Ganhou maior importancia devido a insitência de Truffaut no personagem.


O mestre que amava as crianças não gostava de admitir o quão autobiográfico era o seu primeiro longa-metragem. Afinal de contas, tal e qual o personagem Antoine Doinel, Truffaut teve uma infancia filha da puta; Amargou problemas com os pais, aplicou pequenos golpes e acabou confinado num reformatório juvenil.

Mesmo assim, chegou a fazer do personagem Antoine Doinel e de seu intérprete, o ator Jean-Pierre Léaud, uma espécie de alter ego. Doinel, sempre interpretado por Léaud, voltou em outros quatro filmes ao longo de 20 anos, num caso único de insistência no triângulo diretor-personagem-ator: Antoine e Colette (1963), Beijos Proibidos (1968), Domicílio Conjugal (1970) e O Amor em Fuga (1979).



O cineasta que ficou conhecido como O homem que amava as mulheres, repetiria em uma dezena de outros filmes sua devoção aos temas da infância e da solidão. Nós aqui, homens bandidos que amamos o cinema, prestamos essa homenagem a você, mestre soberano dos temas mundanos.



Os Bandidos do Cine Xangai estendem o tapete vermelho, recém roubado a você Truffaut; Pó chegar.



E eu corri...


sexta-feira, 22 de junho de 2012

O VOUYER - 1993


Eis que a Bandidagem da tela grande ta de volta cumpadii!! Pra quem é do saravá pó tirar a chinela e cair pra bater a cabeça no congá. Agora, quem num é fica o aviso:

Se tu ta esperando aqui, aquelas resenhas bestas, afetadas, metidas a besta que nada de bom faz a não ser afastar o povão do cinema pó parar. Esquece! Aqui é um cinema de bandido que se preza a roubar da canalhagem tudo que o cinema deu pra nóizz, povo e isso sem frescura no cu! Baguio aqui é na reta mermão. Então vou dar um parágrafo pra vocês que querem isso acima descrito, vazar:

...

Bão... Imaginando que você que ta lendo daqui pra frente, é do saravá, vamo continuá: Dia de hoje tamo trazendo aqui um bandidão muito do bão, TINTO BRASS e seu ótimo filme de 1993, O VOUYER, aqui no seu Cine Xangai...

Que puto véio genial foi Tinto Brass!

Nascido Giovanni Brass em Veneza na Italia de 1933, Tinto começa por la a dar suas primeiras espetacadas na Itália fascista, onde se matricula em um seminário que por motivos óbvios não da certo...

Meio perdido com o fim da guerra, passa a fazer uns bicos aqui e ali, quando finalmente descola la um trampo nos Estudios Cineccitá, fixando-se em Roma. Ali, vendo todos os grandes mestres do cinema Italiano e Mundial, tinto aprende pra cacete e decide-se por um cinema totalmente diferente dos geniais Felini, Bava, De Sica, Risi...

Sacando que a sua Italia tava começando a querer viver um periodo de caretagem comportamental, repressiva e triste, gerando por lá um povo que não conseguia por pra fora toda sua volupia, intensidade e paixão, Tinto resolve então filmar justamente isso que tava faltando; Paixão. No começo era tudo meio bobinho, não havia caractistica que o tornaria mundialmente conhecido. Essa viria com a revolução sexual já nos 60...

Tinto vendo aquela parada la de “amor livre”, Amor isso, Amor aquilo, pensou “Ah então to feito!!” E começa a usar um delicioso componente safado, erótico, bem humorado e malicioso em seu Cinema. Assim fez classicos como SALON KITTY, SENSO 45 e tantos outros. Ficou famosão, encheu as burras de grana e varou 5 décadas sempre no topo das paradas de Cinema. Nos anos 90 não deixou por menos e fez esse filme que nos traz acá.

O VOUYER” chega em 1993 com a deliciosa proposta de ser segundo o próprio Tinto Brass, “Um filme para se ver pelo buraco da fechadura”...

Conta la a história de um filho intelectualzão, erudito arsitocratico, elitista tonto que se vê na eminencia de voltar para sua cidade de nascença devido a uma efermidade de seu velho pai, um cabra charmoso, classudo, mulherengo e adorrável. Ali, o tal intelecta se vem em contato com um passado seu que ele sempre quis esquecer, refrear, fugir. Tudo que Tinto não admitia num sujeito... A convivência dos caras tem coisas maravilhosas!

Começa com a participação maravilhosa da empregada Fausta, intterpretada por Cristina Garavaglia. Dona de uma das bundas mais deliciosas da história do Cinema, a moça usa e abusa das prevaricagens pra mandar pra valaaaaaaa todas as crenças e frouxas convicções do pobre do moço. Afinal, não pode haver nada mais santo na vida de um sujeito do que, um bão meio de perna de muié...

Então dae pra baixa já sabe. Tasca o mouse no play ae se divirta que o filme ta completo e é de gratisss...



Corri!!!




domingo, 15 de janeiro de 2012

4 Moscas No Veludo Cinza - 1971



E para começar 2012 sentando a borracha o BANDIDOS DO CINE XANGAI tem grande honra em trazer aqui o pai do terror moderno no cinema italiano, o pai do estilo policialesco chamado Giallo e principalmente o pai da gostosa da Asia Argento...

Dario Argento é o nosso enquadrado com seu monumental 4 MOSCAS NO VELUDO CINZA.
A pelicula é a terceira parte da "Trilogia dos Bichos" que marcou o início da carreira de Dario Argento, Em "4 Moscas..." é contada a história de um jovem baterista, Roberto, (interpretado por Michael Brandon) que toca em um grupo de rock lisergicão. Toma uns drinques e nada de mais acontecia na sua vida até que passa a ser seguido por um filho da puta, que enche seu saco. A coisa degringola quando ele “acidentalmente mata o sujeito. A partir dae, comela o inferno da vida de Roberto, tudo muito bemconduzido por Argentom que já começa a emaranhar a estória toda com uma forte estilização visual e os maneirismos típicos que caraceterizam para dar uma consistencia incrivel na tama toda.

O filme é um grande desbunde hitchcockiano, onde seus personagens sempre estão a ponto de perder tudo, estão sempre no limiar de morrerem ou virarem uns merdas urbanóides mergulhados em crises existenciais. Não adianta Roberto ter a consciência da inocência, pois já tem o sentimento de culpa, da identidade trocada, da sua vida comum ser lançada em uma história de suspense.

Feito três anos antes de sua obra-prima Prelúdio Para Matar e fechando a “Trilogia dos Animais” de forma já bem mais madura que o debut O Pássaro das Plumas de Cristal.

4 MOSCAS... Marca a chegada de Argento em uma fase mais madura, consolidando-o, ao lado de Fulci, Bava, Sergio Martino, como um dos grandes estetas de um cinema italiano moderno, tentando se livrar da força do Neo-Realismo dos anos 40, da sombra da grandiosidade de Felini e Visconthi, provando que uma nova linguagem, mais pop e mais comercial poderia muito bem ser um caminho viável para aquela começo dos anos 70.

Aqui, Argento pára de fazer testes, rascunhagem e se torna uma realidade. Mas como a gente aprendeu vendo sua obra, a tal da realidade nem sempre é o que mais interessa. Portanto vamos à magia...

Da play ae embaixo e bom filme!!



sexta-feira, 21 de outubro de 2011

SHERLOCK jr. - 1924


E na volta da bandidagem cinematografica, não poderiamos fugir da essencia, da origem dessa cousa maravilhosa que é a arte da sala escura. Então bora lá, vamos falar de um grande cara, que me encantava as manhãs de criança nos anos 70...


BUSTER KEATON


Em 1976, quando eu acordava para ir na Escolinha de Tia Cecilia na rua timor, no ainda bucólico Parque Novo Oratório, minha mãe ligava a tv na Tv Tupi enquanto fazia nosso café.


E das 07 até as 09:00hs rolava sempre um filme do cinema mudo. Um dos que mais me encantavam eram desse sujeito de olhos esbugalhados...


Keaton nasceu em 1894 nos EUA e se fez profissionalmente no Vauderville, uma mistura de teatro e circo, muito comum naquele fim de século XIX, começo de século XX. Ralou ali muito tempo até que em 1920, começa a trabalhar no cinema dirigindo pequenos filmes que há época, não eram sequer considerados, “curtas”. Era o cinema que poderia ser feito.


Ali define seu estilo de fazer cinema, com um humor cheio de Gags, corridas, tombos e fugas espetaculares. Chamou atenção. Primeiro com seu o Homem Das Novidades, depois com O General e então, já cheio da verba, finalmente com o nosso filme em cartaz aqui no Cine Xangai.


Sherlock jr.


É uma comédia deliciosa, que conta as peripécias de um projecionista de cinema maluco, interpretado por Keaton, que se paixona por uma garota cortejada também pelo fodão local. Então para impressionar a moçoila, Keaton faz de tudo em se tratando de Acrobacias, malandragens, malabarismos, tudo filmado de maneira minuciosa, perfeita, num trabalho que lhe custou mais 10 meses de filmagens.


Filme que o eternizou no gosto da critica da época e de sempre, Serlock Jr. Hoje é parte do acervo de Registros Nacionais Da Biblioteca do Congresso Americano, tratado como um patrimonio da cultura nacional. E agora é com os senhores... Da o play ae e vejam a cousa completa, para o deleitei geral Corri!!




quarta-feira, 27 de julho de 2011

HELL RIDE - 2008



E segue rolando a bandidagem da cinefilia torta aqui no Cine Xangai. Hoje a película em questão tratará de cousas de uma época que não voltará jamais (Nem em remake de balada da vila olimpia...) e outras tantas que vale a pena recordar. Para isso, vamos hoje com HELL RIDE. Uma producion del grand Larry Bishop...

Parada é a seguinte; Nos anos 70, rolou um boom do cinema independente americano. Muita gente meteu a camera pra cima, botando pra frente mesmo e produzindo de tudo; Teve documentário, pornô, policial, filme de ação e o satanás a quatro. Dentro do tal satanás a quatro, teve uma galera, ligada em carrões e motos que também fez uso dessa efevescencia toda. Larry Bishop foi um deles...

Nascido no ano da graça de 1948, o caboclo já havia feito filmes classicos das motocas, como SEVEN SAVAGE (1968) e o ótimo ANGEL UNCHAINED (1971). Passou todos anos 70 produzindo, atuando e depois, trabalhando em participações com Quentin Tarantino até que decidiu se meter com direção estreiando no fabuloso MAD DOG TIME em 1996. Daí pra frente, foi maturando a idéia de fazer esse filme que é uma baita homenagem aos tais tempos que comecei dizendo que não voltarão jamais...

Hell Ride consegue isso de uma maneira simples...

Um classico road movie recheado de chachaça, gostosas, motos e narração com voz rouca de fazer inveja a Maria Zilda. A parada que rola é o seguinte;

O motoqueiro e cineasta Larry Bishop (astro de vários filmes de motoqueiros dos anos 60 e 70, como The Savage Seven e Angel Unchained), interpreta um cabra de nome, Pistolero. Ao lado de seu irmão The Gent (Michael Madsen) e de Comanche (Eric Balfour), ele pega a estrada para se vingar da gangue dos 666ers, que matou a mãe de Pistolero. Para isso tem um punhado de convidado na fita:

Cherokee Kisum. Vinnie Jones, David Carradine e Dennis Hopper. Diversão garantida ma daquele jeito... Vocês apertem o play e assistam, que já falei demais por aqui...

Corri!!!



terça-feira, 19 de julho de 2011

BLACK SNAKE MOAN - 2006



E voltando a tela escura da Bandidagem Do Cine Xangai, vamos com uma película do ótimo Craig Brewer, que me chamou atenção por alguns bons motivos. O primeiro dele é o nome do filme que me remeteu a um dos maiores amores da minha vida, o Blues.

Black Snake Moan é uma musica absurdamente fodática do grande Blind Lemon Jeferson, la dos idos anos 30. Blind como o nome já diz, era cego, negão, gordo, cachaceiro e macumbeiro. Marcou o Blues e a história da cultura musical americana por aproximar o genero a toda maldição dos voodos e rezas negras que recheavam as saletinhas do sul dos EUA. Na canção citada, ele fala de uma garota, portentosa, de deliciosas ancas, cuja beleza e os encantos ele compara a um “lamento da serpente negra”, um canto o qual os homens normais, de sangue na veia e corações a mil não conseguem resistir. Pois é...

O segundo motivo que me chamou atenção foi a qualidade da parada toda. No filme, a coisa é baseada na obra de Blind com uma versão matadora da história de uma menina perdidinha, ninfomaniaca e perva, intrepretada magistralmente por Cristina Ricci, que encontra o bluesman Lazarus, após um quase estupro sofrido pela pequena.

O bluesman encarnado por Samuel L. Jacskon, abandonado pela esposa e pela vida, encontra na redenção da garota um novo sentido pra sua vida. Sempre mais fácil, curar as dores dos outros, do que as suas próprias mazeals... Agora chega de resenha mermão!!

Daqui pra frente é com vocês. Bora clicar, dar play e ver a porra toda ae no player embaixo.

Corri...



segunda-feira, 9 de maio de 2011

MACHETE - 2010



Tamo de volta! Para desespero do pau no cu que fala de cinema pra ser o mais-mais da sua rodinha de cerveja, a Bandidagem ta na atividade aqui no Cine Xangai. Afinal de contas, enquanto deus descansa a gente toma conta da porra... E pra voltar vamo logo parar de lesco-lesco que aqui a parada é na reta mermão! Robert Rodriguez e seu MACHETE é a bala da agulha...
Rodriguez é dos nosso!
Nascido em San Antonio do cu do Texas, o cara já começou na brincadeira arregaçando com seu implacável MARIACHI de 1992, emplacando uma rapa de premios. Ganhou notoriedade, fez umas coisas ótimas como Shorts, Desperado, Roadrecers, Grind House... E outras não tão boas como The Faculty de 1998... Em 2009 realiza seu grande sonho, de fazer um filme totalmente inspirado em produças “B” do mestre Roger Corman e dessa forma, munido da companhi de seu herói, o ator Danny Trejo, nasce o filme MACHETE.
Parada do filme é simples:
Machete é um agente federal e imigrante mexicano que cai em uma armadilha bolada pelo seu arquiinimigo, o traficante de drogas Torres, feito pelo safadão do Steven Seagal que resulta na morte de sua esposa e o torna um renegado. Passados três anos, Machete, virou peão de obra numa mina, aceita uma oferta do empresário Michael Booth para matar o Senador John McLaughin interpretado por ninguem menos que Robert DeNiro, que sonha em defestrar todos os imigrantes ilegais do México e daí pra frente, o coro come!
O link ta logo ae embaixo e não vmaos mais te contar porra nenhuma! De o “play” e assista. Num paga nada e ta tudo completão, bonito. E fui porque não to com tempo pra perder. Afinal de contas, quem vacila doa sangue pra vampiro...
Corri...



quinta-feira, 17 de março de 2011

TRES HOMENS EM CONFLITO - 1966



E como diria Roberto Frejat em idos temps do Dama Xoc, “Hoje o pau vai comer e não ser pouco...” Bala pra caralho no cine xangai!! Temos a honra de finalmenteee trazer o divino convidado de hoje:

SERGIO LEONE é o cara da semana com seu seminal TRES HOMENS EM CONFLITO de 1966.

Leone tinha tudo para caminhar por outros lados que não a sétima arte que tanto nos apetece. Era filho de um industrial cheio da bufunfa mas a vidinha da gravata e das contas pagas não agradava nosso errante diretor. Ficou de saco cheio de tudo e foi embora ajudar Vittorio de Sica em produções que entrariam pra historia do cinema como Ladrões de Bicicleta por exemplo.

De tanto que viu, resolveu meter a mão na massa e saiu com COLOSSO DE RHODES, um épico que marca a sua estréia. A partir de então, fica de saco cheio com a realidade que se encontrava no cinema italiano; Muita comédia, muito pastelão e um caminho que precisava de um ruptura que ele encabeçou lindamente...

Apaixonado por John Ford e Robert Aldrich, decide começar a trabalhar no genero. Foram 13 anos... EU FALEI 13 ANOS... estudando para fazer o lindissimo ERA UM VEZ NA AMÉRICA em 1968. Mas antes em 1966 veio essa porrada que trazemos hoje aqui na nossa quebrada...

TRES HOMENS EM CONFLITO conta as presepadas de tres caras envoltos em um mar de trapaças, roubos, trairagens e outras mumunhas pelo velho oeste americano. Fala de um sujeito “bonzinho” feito por Clint Eastwood, de um mau, feito por Lee Van Cleef, e de um outro feio, feito pelo lendário Eli Wallace. E a gente não vai mais contar porra nenhuma do filme porque senão vagabundo não assisite e oras...

Filme ta ae embaixo, completão, legendado, de graça ou seja; Da play e seja feliz.

Corri!!


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

TAXI DRIVER - 1976



Tamo na área!!

A bandidagem cinematografica, safada, sem um pingo de vergonha na cara e sem nada de edificante pra contar, liga sua moviola para trazer um puuuuuuutaaa filme da história de nossa sala escura.

TAXI DRIVER de Martin Scorcese está em cartaz.

O ano era 1976. No elenco, um jovem ator novaiorquino de nome Robert De Niro era o responsável pelo personagem Travis Bickle. Um sujeito de 26 anos frustrado e alienado que conta pra todo mundo que foi chutado do Corpo de Fuzileiros Navais. Um puto louco, chapado de neuras e insonia que decide fazer algo e a priore descola um trampo como taxista na cidade em nova York no turno da madrugada. Com o tempo que sobrava livre, o desgraçado se acabava nos cinemas pornôs da big apple. E foi dessa forma, sem dormir, sem nada de juízo no quengo que Travis, se entope de violência e absorve toda a sujeira mais escrota da cidade. Não ia demorar muito pro malucão começar a fazer merda...

Mas ae as merdas que ele faz vocês asssitam pra saber que senão nem é legal...

Taxi Driver foi o filme responsável pela consolidação de Robert De Niro dentro do mercado cinematografico mundial. O ator que já havia trabalhado no antológico PODEROSO CHEFÃO, que já havia começado a parceria com Martin Scorcese em CAMINHOS PERIGOSOS, passa a ser visto em outro patamar por hollywood. Muito disso por conta do próprio Scrocese.

Martin Scorcese, uma cria do Inside actors studios de Lee Strasberg, marca o inicio de uma nova geração de cineastas Novaiorquinos, como George Lucas, Francis Ford Coppola, Wood Allen, todos completamente apaixonados por trabalhos outisiders de Roger Corman e Russ Meyer, que a partir da segunda metade dos anos 70, criam uma nova linguagem para o cinema, voltando suas cameras para tudo que rolava dentro dos bairros mais podres de sua cidade.

Assim se passa com esse baita filme e agora vou parar de falar. Como sempre, o filme esta completão, com legendas, e de gratis. Só dar o play e ser feliz...

Corri!!!



terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O SEGREDO DO BOSQUE DOS SONHOS - 1972



Tamo na área e se derrubar... A gente capota no soco! Aqui é o cinema dos Bandidos Do Cine Xangai, não tem nada politicamente correto nessa porra, atravessar o caminho mermão, toma é sapêco! Dia de hoje apresentaremos um sujeito que não tem por parte dos envolvidos no cinema, o devido reconhecimento. Lucio Fulci e o seu O SEGREDO DO BOSQUE DOS SONHOS é a pelicula da vez...


Tae um filme que faz parte daquela caralhada de ótimos trabahos que passa batido, muitas vezes por conta de uma série de preconceitos idiotas que infestam a sétima arte. Fulci é vitima disso, porque é italiano mas não é o Felini. Não tem o rótulo do Neo-Realismo que tinha um De Sica, a simpatia da critica que sempre teve um Michelangelo Antonionni. Aliás fazem isso como se tivesse um Luchino Visconti a cada esquina... Bem; Fulci é um baita diretor!

Tem uma maestria ímpar para misturar generos como faroeste, thriller e filme policial, para conseguir construir uma narrativa original. Consegue isso genialmente em O Segredo... Numa história que se concentra em misteriosos assassinatos a crianças de um pequeno e supersticioso vilarejo no interior da itália, fazendo contrapontos espetecaulares.

O vilarejo da parada é tão atrasado e fechado em sua própria cultura mística, que parece um outro mundão. E dana a começar os assassinatos e como de praxe, eles atraem jornalistas que chegam na quebrada e ficam abrestados com a cultura supersticiosa do povo. Um assunto tratado de forma no mínimo interessante pelo filme - direção e roteiro trabalhando em conjunto, para evidenciar esse 'combate'.


Direção ABSURDAMENTE ESPETACULAR DE FULCI!! Uma aula de cinema, de roteiro, de trabalho de cameras, de flerte com o noir, com o expressionismo... Temos aqui uma grande honra de poder apresentar Lucio Fulci pra corja toda.


O SEGREDO DO BOSQUE DOS SONHOS é um filme da medida exata. Angustiante, veloz e sincero, tendo servido de inspiração para grandes trabalhos dos nossos dias. Quentin Tarantino o homenageia em CÃES DE ALUGUEL quando Mr. Blonde tortura o cana e bem... O reesto agora vocês assistam ae...

Corri!


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

ROCK AND ROLL HIGH SCHOOL - 1979



Yeahhh... Hoje o Cine Xangai trata de assuntos do coração. De milhares de corações apaixonados pelo bom e velho rock and roll, e pelo ótimo e lendário RAMONES.

Então falaremos do seminal filme ROCK AND ROLL HIGH SCHOL. O filme que mandou os Ramones para as telas de cinema do mundo todo.

A época era 1979. Uma época em que o mega produtor Roger Corman, tava com os burro na sombra e bem, se já naquela época ele jogasse todo dinheiro dele nas profundezas ele apagaria o fogo do inferno... Tava milionário! Então decidiu considerar o roteiro de um jovem apaixonado pelo rock and roll, de nome Allan Arkush. Não seria nada demais...

A história passa pela escola Vince Lombardi e pelo de sejo de um aluno, de trazer para um show sua banda preferida. E ae vem a diferença que faz do filme algo muuuuuuuitoo diferente dos demais; Ramones!

RAMONES é a banda que vai tirar o sossego da diretora do colégio. E mais; A banda que em 1979 já tinha implacado o classico Rocket To Russia, havia revigorado a cena artistica de nova york e sem nenhum exagero... RESSUCITOU O PRÓPRIO ROCK AND ROLL!

Era uma época em que a porra do rock progressivo e sua suntosidade absurda afastava cada vez mais o rock de seus fãs. Quem bom que os Ramones fizeram o contrário e mandaram seus tres acordes pro mundo todo. A bandidagem aqui, feliz da vida, exibe essa comédia de hoje, muito mais em agradecimento por tudo que esses caras fizeram em nossas vidas, do que por qualquer algum motivo que se pretenda edificante...

Hoje, tem ROCK AND ROLL HIGH SCHOL com Ramones na trilha sonora e mais Brain Eno, Alice Cooper, Devo, Fletwood Mac, Velvet Underground e tudo maisss...

Corri!



terça-feira, 25 de janeiro de 2011

PERSONA - 1966


Yeahhhh!! Hoje o nosso conviado é um cara que jamais poderia faltarem um cinema que preste. Ingmar Bergman é fudamental para a sétima arte, tanto quanto o ovinho de codorna é para a Serra Malte! Falemos então de uma de suas produções mais enigmaticas:



PERSONA é a película que nos apetece...



Falamos de um daqueles filmes que você pode assistir umas 450 vezes, que sempre você terá um entendimento diferente do mesmo. Abolutamente todas as interpretações e análises podem ser feitas a partir de um material, como de costume, bastante conciso e reforçado por um excelente roteiro e atuações magníficas. Nada surpreendente quando se trata de Bergman.



PERSONA conta a história de uma atriz de teatro (Liv Ullmann) que de uma hora para outra, fica completamente avessa ao diálogo, e se refugia numa casa de campo acompanhada de uma enfermeira (Bibi Andersson). A partir de então, Bergman joga o espectador para dentro de um em mergulho na alma humana, explorarando suas entranhas mais obscuras.



Uma piração doida começa com a relação das duas mulheres. Aos poucos, a enfermeira começa a se abrir e a contar para a paciente, que permanece completamente muda, seus mais sórdidos segredos e experiências, culminando com a descrição bastante real de uma experiência sexual entre ela, uma amiga e dois homens desconhecidos. Aos poucos Andersson e Ullmann parecem se fundir em uma só personagem, com Bergman chegando a indicar alguma coisa sobrepondo inclusive o rosto das duas.


A fotografia espetacular ficou por conta do pareceiro Sven Nykvist. E como de costume no Cine Xangai, deixamos aquele recadinho delicado:



QUEM NÃO ASSISTIR TEM A MÃE NA ZONA!



Corri!




sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

SOB DOMINIO DO MEDO - 1970


Em 2011 a gente vai começar a dar uns replay aqui, nos cineastas que fizeram filmes que justifica a volta aqui nos nossos esplendorosos cartazes. Então que nome melhor do que ele, pra dar inicio a balburdia??


Sam Peckinpah ta na area!


Pois é... SOB DOMINIO DO MEDO é um filme ímpar na história do nosso grande esteta da violencia. O homem que ensinou o cinema mundial a tirar da sangueira, das mortes, dos tiros, pancadas e afins, o lirismo que a sétima arte pede. Afinal de contas cumpadre, filmar florzinha é fácil. Quero ver fazer de um estupro, algo lirico...


Vivamos o ano da graça de 1970. Sam Peckinpah já tinha dado as caras anos antes, já tinha um nome de respeito em hollywood após filmes como MEU ÓDIO SERÁ TUA HERANÇA e A BALADA DE CABLE HOGAN. Tinha tudo para seguir na mesmice óbvia, da “receita do sucesso” mas a inquietude é o que marca o gênio. E inquieto feito a porra, Peck queria mais. Muito mais...


Tinha um amigo; Gordon Willians. Este, era uma escritor de novelas e livros policialescos bemmmm Pulp's. Dentre seus libretos, um, chamou muito atenção de Peck; THE SIEGE OF TRENCHER'S FARM. Contava a história do choque cultural causado por um professor americano que ia viver numa vilazinha no interior da Inglaterra. Pronto...


Tava a caminho um dos maiores filmes da obra do mestre.


SOB DOMINIO DO MEDO virou um filme sobre a vida do professor David Sumner. Um intelectual timidão, meio bocó que se muda para a região de Cornualha com sua mulher, a tesudissíma, gostosissíma, delicia-master da Susan George, fazendo o papel de Amy. Uma inglesinha de comportamento meio estranho, meio dúbio. De cara, os tranqueiras locais, toscos e brutos não gostam do professor interpretado genialmente por Dustin Hoffman. Aos poucos vão perdendo o respeito por ele e o climax esquenta com os flertes de um dos nativos com sua esposa.


Tudo isso, culmina maravilhosamente bem para a provocação que fiz com vocês no começo dessas linhas; O sujeito agarra a esposa do professor a força. Será?!?! Bem...


SOB DOMINIO DO MEDO é um marco para todos os outros filmes policiais, ou não, do Realismo no cinema americano dos anos 70. Laranja Mecanica, Dirty Harri, Espantalho, Serpico, Dia De Cão... Todo mundo rezou na cartilha de Sam Peckinpah ao longo daquela década. Agora é com vocês.


Só dar play e ser feliz.


Corri...



segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

VIXEN - 1968



E em meio a chuvas e porradas pluviais a bandidagem da sala escura ta de volta mermão... Os Bandidos do Cine Xangai entram em 2011 trazendo um dos papas da parada, o chefão, o “boss” o dono da porra toda! Então que a várzea saia da frente porque o “crime” num é pra amador cumpadi. Ainda mais os nossos aqui, sem arma gringa, sem grana, apenas na cultura mesmo. Então va lá...

Russ Meyer é o cara!

Nosso amado diretor, mestre supremo do cinema yankee, o ex fotografo da playboy que revolucionou o jeito de se fazer cinema por lá e pelo mundo todo, já tinha uma filmografia considerável em 1968. Então decide por criar a série mais famosa do cinema puto dos anos 60. O começo se dá a partir do instante em que, nosso mestre baba todo o balcão de um boteco de quengagem em San Fernando Valley vendo uma tal Erica Gavin chacoalhando o rabo de tanguinha na sua frente.

Preciso fazer algo pra ela..” e fez...

VIXEN é a história de uma marafona deliciosa, que mora com o marido, no meio de uma floresta. O corno gosta mais de montanha que da nêga e obviamente isso dará merda. Descobre-se então uma sujeita insaciavel, chegada numa fodeção plena, afins de conhecer absolutamente tudo na seara da atividade horizontal...

Era uma época onde tudo tava rolando. O ano de 1968 foi o ápice da revolução sexual dos jovens de então e o nosso mestre, mostra isso do jeitão dele de maneira espetacular. Sem frescura, sem papagaiada, sem “academicismo”, Russ Meyer da sua marca na parada.

O filme tae embaixo. Só clicar, dar play, e assistir...

Corri...


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O HOMEM QUE MATOU O FACÍNORA - 1961



A bala ta na agulha!!! Hoje o Cine Xangai traz pra sua tela um filme de cabra bruto mesmo!

O HOMEM QUE MATOU O FACÍNORA do grannnnndeee John Ford é nosso filme em cartaz...

No ano da graça de 1960 Ford já tava com saco cheio de cinema. Era sempre os mesmos problemas, as mesmas pressões, a cobrança para a porra da “modernidade” por parte daqueles que não entendem a necessidade dessa mesma novidade, dialogar com a tradição; Tava ruim para o mestre. Ford é sem duvida o pai do cinema americano. Um cara que meteu na tela a história da formação do estado americano, de uma maneira corajosa, que americano nenhum queria ver. Falou de Monument Valey e das agruras dos pioneiros como ninguém. Não tinha o menor interesse portanto, nas porcariadas dos filmes trash e dos noir metidos a besta. Ford era um homem rude. E seu cinema, só entrou pra história porque ele soube retratar isso, o lirismo da rudeza como ninguém.

Foi então que num dia desses, de porra nenhuma pra fazer, que o nosso homem leu um conto da escritora Dorothy Johnsom e pimba! Tava alí o que ele queria fazer!!! Dessa forma começa a adaptação do roteiro do Homem Que Matou o Facinora. E não seria como os western's que se viam há época.

O filme começa com a história do senador é Ransom Stoddard (James Stewart) e sua esposa, voltando para a pequena Shinbone no Colorado, para um funeral. Ao chegar na estação de trem local é recebido por um jornalista amigo, o cachaceiro Dutton Peabody. A sua chegada o remte a lembranças que ele narrará ao longo do filme. De cara, lembra-se da sua amizade com Tom Doniphon, (ESTUPENDAMENTE INTERPRETADO POR JOHN WAYNE...) um pistoleiro que entende que o melhor jeito de manter a ordem é na bala. Recorda-se de como foi espancado e roubado pelo cabra sem-mãe, sangue-no-zóio, Liberty Valence e de como jurou meter o sujeito em cana pelas vias da lei.

As diferentes formas de ver a vida entre Stoddard e Doniphon gera o conflito todo filme e de toda a nação americana. Qual a melhor forma de resolver os problemas? Na força? Na lei? Com paciencia? Ou com Bala? O tempo todo essa tensão é latente no filme.

A presença do ladrãozão Liberty Valence, tocando o satanas na cidade, no terror total mesmo, gera sentimentos multiplos em quem o ve atuando.

Em uma dessas tretas, no restaurante onde Stoddard teve que dar um trmapo depois de ser roubado po Valance e seu bando, rolou la uns stress. Foi dito alguma coisa atravessada, o bandidão ficou na febre e pronto; Chamou o nosso mocinho da lei pra um duelo bala-com-bala na praça.

No entanto, no tal duelo, cousas estranhas acontecem e isso os senhores vão ter que clicar ae no play do vídeo, aumentar a tela e asisitir pra saber que a bandidagem aqui já falou demais. Tae o filme completo, com legenda, e tudo que vocês num tem direito mas que a gente disponibiliza porque somos uns ladrão bonzinho...

Corri!!