Um cinema escuro, de quebrada, sem vergonha, frescura ou glamour... - "o bom artista copia; o grande artista ROUBA!" - pablo picasso
terça-feira, 26 de outubro de 2010
THE COMMITMENTS - 1991
terça-feira, 19 de outubro de 2010
SOUL KITCHEN 2009
Depois de enfrentarmos uns problemas técnicos com nossos players de vídeo, o jeito foi dado com o sofisticado Megavideo e a estréia do danado vem com um filme que marca primeiro por seu espirito pop, sua trilha sonora negona balançante e segundo, pelo seu diretor ímpar, Fatih Akin que já havia feito classicos como CONTRA PAREDE e agora vem a tona com o imperdivel SOUL KITCHEN de 2009. Vamos a pelicula portanto...
Soul Kitchen é o nome de um restaurante, cujo dono é o imigrante Zinos (Adam Bousdoukos, que é também roteirista do filme). O fazedor de rango, prima por seu junk foood terceirão, sem muito esmero, o que agrada os seus frequentadores. Mas Zinos está cheio de problemas...
Para continuar com seu restaurante, ele tem que vencer os diversos obstáculos que aparecem, entre eles a distancia de sua namorada, dificuldades financeiras, o irmão pedindo sua ajuda, essas coisas de sempre. E superficialmente é até aí mesmo. Porém, é nas entrelinhas que encontramos o verdadeiro Fatih Akin.
Mais que uma cozinha, mais que um restaurante, o filme fala de áreas, não só em Hamburgo, mas que no mundo todo, estão sofrendo com a especulação imobiliária. Áreas onde, a alma, o “soul”, acaba dando lugar a enormes emprendimentos frios, porque tornam-se de uma hora outra pra outra, valorizadas.
Não há limites para essa especulação. Nem que para isso, tenha que se “fuder” com o governo. Como na cena em que Thomas, seu amigo de colégio, o especulador, interpretado por por Wotan Wilke Mõhring tranza com a fiscal do governo no meio do restaurante e ainda tira fotos em seu celular. No final, ele mesmo afirma estar feliz por “fuder com o governo”.
Mais longe ainda, o filme fala de como o alemão trata seu imigrante. Com certo preconceito e desprezo, mais que isso, com uma certa limitação de até onde pode esse imigrante chegar, como colocou muito bem Eduardo Diaz em sua crítica na Revista Cinética.
O restaurante “Soul Kitchen” tem um público, mesmo que limitado, mas um público que frequenta quase que diariamente o restaurante. Tentando solucionar seus problemas, Zinos tenta realizar uma mudança no cardápio para atrair novos frequentadores. A mudança é recusada porque, para seus frequentadore, não precisa de nada disso. Basta que os imigrantes limpem seu chão e sirva seus pratos.
Ponto para a reflexão!
Agora chega de falatório e assistam ae! Para encher a tela, é no sexto botão do player
Corri...
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
OPERAÇÃO FRANÇA - 1971
Tem filmes que a gente não tem uma forma melhor de definir... PUTA FILME DU CARALHO!!! Operação França é bem assim... Vamo lá, hoje os Bandidos Do Cine Xangai, trazem uma rapa de ladrão fudido pra sua tela...
Quando Operação França faturou nada mais nada menos do que cinco, dos oito Oscar que disputou em 1972, o mundo do cinema ficou besta! Quem era essa turma?!?! Que diacho de diretor é esse que ninguem conhece??? Pois é...
Quando Willian Friedkin apareceu no set para dirigir a parada ninguém botou fé. O projeto também foi uma porra pra sair! Ninguém acreditava que aquilo poderia sair do papel. Um filme totalmente incomum para o cinema americano de então. Afinal de contas, em Operação França, havia um mocinho não tinha nenhum receio de ser Fudido, sangue no zóio, mal educado, cabra bruto, sem nenhum medo de fazer o satanas para conseguir o que queria...
Rola na tela uma Nova York suja, melancólica, podre, escrota. William Friedkin, conseguiu, graças a sua experiência em documentários, levar as telas de forma realista a história real da maior apreensão de heroína da história americana, realizada pelo durão Popeye (vivido por Gene Hackman) e Cloudy (Roy Scheider).
Na cartilha do policial Popeye, a dupla contrariou a tudo e a todos na polícia para prosseguir com o caso e tudo isso é mostrado na tela, desde quando Popeye começa a desconfiar dos traficantes em uma hilária cena no bar, e ae começa o fusuê... A partir dae começa a perseguição da dupla, atras dos traficantes do esquema de Marselhe.
O filme conta com atuações antológicas de atores como Fernando Rey, na pele do contato dos franceses na américa, de Gene Hackam que deslancha a partir de então, tendo cenas maravilhosas, mandando tudo quer é politicamente correto pra casa do caralho, como, na cena em que cata um safado, sem vergonha filho da puta, vestido de papai noel e come o vagabundo na porrada! E foi um inferno para conseguir de Hackman essa atuação! Vejam:
Ele odiava o papel!
Era bonzinho demais para o seu personagem, que é racista filho da puta e tosco pra caraio! O Popeye de verdade, que trampou como consultor do elenco era odiado por Hackman e o clima era uma merda no set! Com o tempo, descolaram la um jeito de não se matarem e as filmagens seguiram. Seguiram tanto que a cena da perseguição de carros é simplesmente uma das mais lindas já realizadas na história do cinema!
Com uma porra de uma camera no banco de tras de um carro, com um motorista louco no volante, a 140 kilometros por hora pelas ruas de NY, simplesmente todos os acidentes vistos na cena foram reais!!!!!!!! A batida no ônibus, no paredão, no carro que cruzou a pista... Tudo!
O filme rendeu uma sequencia muito pobrinha em 1975. Mas o legado dele temos até hoje em tudo que se faz com carros em hollywood. Uma porrada na cara dos caretas americanos da época! Revolucionário até hoje! Imperdivel! Cliquem, encham as telas e assistam....
Corri!!