quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A MEIA NOITE LEVAREI SUA ALMA - 1964


Well, Well, Well como diria o outro... Aqui estou, o FRENTE desse crime trazendo um tanto de charme pra essa criminalidade nossa do dia. E como sempre acontece, trago boas novas. Agora são BOUUUUUUUUASSS novas mesmo. Os meus bandidos andaram trabalhando bem e trouxeram... não um bandido qualquer mas, O DONO DA PORRA TODA para esse cinema que agora sim, passa a ter alguma decência. Hoje vamos falar daquele que para nós é o maior nome, mas disparado mesmo... o Maior nome do cinema nacional. JOSÉ MOJICA MARINS traz o e seu ESTA NOITE ENCANAREI TEU CADAVER são os convidados dessa sala profana.


E para nos ajudar a falar do mestre, O DONO DA PORRA TODA vem pro cine xangai; CARLOS REINCHENBACH nos da a honra da paricipação nesse texto. Perguntamos para o mestre, o que ele achava, como ele via o papel do Zé Mojica no cinema nacional. Nos disse o seguinte:


Mojica é um criador absolutamente original, instintivo e "bárbaro e nosso" (parafraseando Oswald de Andrade). Mojica inventou o horror caraíba. Como disse Rogério Sganzerla na abertura do filme AUDÁCIA!, Mojica filma o "homem brasileiro": primitivo, recalcado e submisso. Não se pode compará-lo a nenhum outro cineasta estrangeiro porque é único. Mojica e Glauber Rocha podem ser chamados, sem nenhum exagero, de gênios da raça, por terem "inventado" os dois personagens míticos do cinema nativo: Antonio das Mortes e Zé do Caixão...”



Então já vamos começar a partir dae; Falamos de alguém genial. Sua criação não seria menos que isso...


Em MEIA NOITE... Mojica nos apresenta o agente funerário Zé do Caixão; Um sujeito temido e odiado pelos humildes moradores de um vilarejo, que vive a demente obsessão de gerar o filho perfeito, que possa garantir a perpetualidade de seu sangue. Ele busca pela mulher ideal, aquela que será capaz de conceber sua criança, e não hesita em matar todos que ousam interferir em seus planos.


Tudo começa de um pesadelo recorrente de Zé Mojica, onde ele via um vulto, arrastando-o até seu próprio túmulo. Dessa forma concebeu o primeiro filme de horror do cinema brasileiro.


Com ele, Mojica coloca o personagem Zé do Caixão na categoria de imortal na galeria dos monstros macabros do cinema fantástico de todo o mundo, vencendo diversos prêmios internacionais e seguiu sua saga em Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver de 1967.


José Mojica Marins é sem dúvida um dos maiores nomes do cinema nacional, único com real sucesso E MERCADO dentro do cinema mundial, citado por Rob Zombie, George Romero, Lucio Fulcci, como gênio, ídolo de caras como Alex De La Iglesia, completamente apaixonado pelos seus filmes, Mojica tem por parte da cinematografia mundial, esse reconhecimento. Se o Brasil não entende isso, foda-se! Aqui no Cine Xangai, entendemos e enaltecemos este, que é um dos grandes orgulhos de nossa moviola bandida.



Bem, vou à minha cerveja, ao sm de Jacob do Bandolim. Assistam, plebe...











segunda-feira, 16 de agosto de 2010

CONTROL - 2007


Hoje é dia de festa aqui na Bandidagem...

Estamos trazendo nosso amigo, o Bandido do Miscelanea Pop TADEU ALCAIDE pra falar de cinema. A priore, seria apenas um depoimento. Ae o bruto mandou um texto e não tivemos coragem de mexer no dito, por algumas razões que atentam até mesmo, contra o que a gente pensa em cinema mas dane-se!

Primeiro porque ta bão demais! Segundo, porque o texto que Tadeu escreveu pra falar de Control, vai além de uma resenha de cinema. Fala de uma paixão. Paixão de um moleque do ABC, por uma banda de rock na “longinqüa” Londres dos anos 80. Sim, nos anos 80 cumpadi, o Grande Abc era mesmo o cu do mundo! Tudo era longe para nós! Então o tempo passa e agora tem até filme contando a história de um Bandido que a gente respeita pra caralho, IAN CURTIS. E aí vai querer amarrar o texto do cara em padrão?? O padrão que vá pra casa do caralho, pra puta que pariu! O Texto do Tadeu vai interão! Na íntegra! Sem frecura no rabo, porra nenhuma!

Esse é o começo de uma camaradagem que os Bandidos daqui, fazem aos bandidos de lá, Do Miscelanea Pop. Sempre que fizermos isso, vamos chamar o Tadeu e o Vini pra ajudarem no crime... Então segue o texto abaixo, o filme e o aviso que, Excepcionalmente, esse filme vai no player do BLOGGER. Agradecimentos pra lá de especiais a Anniki Honore pela atenção, pela gentileza e pela boa paz. Valeu Ann! De resto, cliquem em full screen pra ver em tela cheia e sejam felizes...

Corri...




Que o Joy Division foi uma das bandas mais influentes de sua época, isso é um fato que poucas pessoas com algum conhecimento de rock alternativo contestam.

Se em A festa nunca termina (24 hour party people) alguns fatos históricos da banda já tinham sido abordados, ainda que superficialmente, como a lendária primeira apresentação dos Sex Pistols para 45 pessoas (cada uma delas formaria uma banda), a parceria com Tony Wilson que lançou os discos pela Factory Records e o desfecho trágico que todos já conhecem, em Control a vida de Ian Curtis é explorada com maior profundidade.

Começando pelos primórdios do Joy Division, quando ainda se chamava Warsaw. A conjunção da guitarra ruidosa de Barnard Dicken, com o baixo marcante de Peter Hook, a inovadora combinação da bateria acústica e eletrônica de Stephen Morris e o vocal frio e perturbador de Ian Curtis, foram elementos fundamentais para definir o estilo que ficou conhecido como pós-punk.

Sua música soava diferente de tudo o que estava acontecendo no rock depois da explosão do Punk na Inglaterra e retratava bem a decadência e as paranóias da vida na cidade inglesa de Manchester, no final dos anos 70.

Certamente, a personalidade atormentada de Ian Curtis refletiu diretamente na sonoridade da banda, oscilando entre a melancolia, raiva e outros sentimentos contundentes que ele exteriorizava em cada uma de suas canções.

E são justamente os fatores que forjaram sua personalidade que o filme Control tenta trazer à tona. Quais foram as circunstâncias que levaram um jovem de uma banda em plena ascensão, com um hit emplacado nas paradas britânicas (Love will tear Us apart) a se suicidar?

Para descobrir esta incógnita, o diretor holandês Anton Corbijn usou como roteiro o livro escrito por Debbie (a viúva de Curtis), que revela detalhes de sua vida pessoal. Como ele se tornou um marido e pai ausente devido aos compromissos da banda, a culpa por ter um caso com Annick Honore, tudo aliado às suas crises de epilepsia e aos sintomas dos fortes medicamentos que tomava, são fatores que podem ter contribuído para a consumação do seu ato extremo.

O desconhecido ator (e cantor) Sam Riley teve uma atuação excepcional e chega a impressionar por sua semelhança física com Ian Curtis.

Mais do que um importante registro biográfico, Control é um longa denso e soturno - assim como a música do Joy Division - e joga uma nova luz sobre esta importante figura, que se tornou um ícone na história do rock e líder de uma banda que ainda hoje, 30 anos após sua morte, continua influenciando diversos grupos, por todo o mundo.






segunda-feira, 9 de agosto de 2010

MORTE E ECSTASY - 1970


Hoje falaremos da margem, mas cumpadi... MARGEM DE VERDADE MESMO!!! Num tamo falando aqui de nêgo que sempre viveu na merda, sem ter direito a pensar em outra cousa que seja a dita margem, ou seja; Então a margem num é meramente estética, o filho da puta nunca teve a chance de dizer “não”. Oras... Então não é um marginal e sim, um pobre fudido desgraçado.


A margem que falamos aqui é aquela que se escolhe, que se prefere mediante a chance a de se viver uma vida artistica mais confortável. O AUTENTICO marginal de hoje se chama JESUS FRANCO e seu filme da vez é o lisérgico MORTE E ECSTASY de 1971.


Todas as vezes que se fala em cinema espanhol vem a mente os mesmos nomes: Luis Buñel, Carlos Saura, Bigas Luna, Juam Antonio Barden, Luis Garcia Berlanga e até vá... A porra do Almodovar. Justo isso. Mas erroneamente se esquece desse cara, que escolheu o lado “B” dos filmes, das mentes, das prevaricações da personalidade humana. Assim é o cinema de Jesus Franco.


Dono de uma extensa obra (mais de 200 filmes) Jess é um ícone do cinema europeu. Passou a sua vida fazendo exercidios de cinema, sem se render as benéses do gesso hollywoodiano em sua obra, sempre contando com ajuda de amigos, como essa, que depois virou a grande paixão de sua vida; Soledad Miranda.


Soledad era uma mulher MARAVILHOSA, DELICIOSA, um TESÃO, UMA ODE A EXISTENCIA HUMANA que Jess descobriu em 1960 quando a espaholinha seviliana tinha 16 anos. Atuous nos melhores momentos da carreira de Franco e tem em Morte e Ecstasy seu melhor momento. Ao todo foi uma parceria de 6 filmes, bruscamente abreviada em 1970, com um acidente de avião, que vitimou precocemente a nossa musa.


Franco sofreu demais a perda de Soledad. Jamais encontrou uma subistuta a altura e até hoje sente demais sua falta. Segui produzindo e realizando mas, jamais com a mesma empolgação. Esse de hoje é o ultimo registro de ambos. A trama é a seguinte...


Um jovem médico comete se mata depois que uma comissão médica termina sua investigação sobre as experiências que o médico realizava em embriões humanos. Após levantar a capivara do cabra, a tal comissão decide que as tais experiências eram desumanas e cassam o registro do vivente. Bundão que só a porra, num luta e cai na danada da depressão profunda que culmina com seu suicídio.


Ae... a gostosa, tesuda, deliciuda de sua esposa, sem nem espear as formiga comer o presunto debaixo da terra, procura vingança sobre aqueles que provocaram a morte de seu marido. Seduz um a um os membros da comissão, colocando-os em situações comprometedoras, pra depois, mata-los friamente, despachando-os pras profunda dos inferno.


O filme é sobre vingança e obsessão e foi dirigido de forma convencional por Jesus Franco que centrou seu trabalho no delineamento do perfil psicológico do médico e sua bela esposa. Em meio a tudo isso Franco encontrou tempo para alfinetar a chamada ética médica e suas contradições filosóficas .


Os membros da comissão são um bando de hipócritas , cabra safados, escondendo suas perversidades morais por trás da identidade profissional .


Uma boa chance de se conheer que ta na margem porque quer. Ao invés dela como “curriculum empregatício”, enfim...


Corri...





segunda-feira, 2 de agosto de 2010

THRILLER - 1974


um tempo atrás o Centro Cultural Vergueiro, cá em sampa, fez uma mostra de filmes que o Tarantino gosta, indica e recomenda. Mas ficou para a mãe do programador assisitr! Só pra variar um bocado de gente não teve tempo de aproveitar dos bons filmes à mostra. Ma num tem erro. Aqui, não é “mostra” porque quem se mostra é puta e, embora nada tenhamos contra, somos bandidos e não maria-mureira... Hoje no cine bandido é a vez de Thriller – 1974. Capivara é a seguinte:


Madeleine, uma menina incapaz de falar devido a um safado, molambento que tentou estrupra-la quando criancinha, vive com os coroa numa fazenda e se lasca, quando perde o onibus que pegava para a terapia que fazia. Então, cai na lábia de um desalmado, canalha, sem-mãe, que da-lhe um pico de heróina viciando a bichinha em droga e posteriormente em putaria.


A partir dae a vida da pobre vira um inferno; Apanha, toma cascudo, vira puta do sujeito, dando pra todo mundo e a grana indo toda pro desgraçado. Tá. Isso a grosso modo. No entanto outros apspectos tem que ser abordados aqui.



Vingança...


Ótimos filmes já foram feitos com esse mote. Só pra não ir muito longe, fiquemos acá com Old Boy de Chan-Wook Park. Tem também Kill Bill do nosso caro Tarantino que aliás, é totalmente inspirado em Trhiller. Aliás isso é um barato...


O PRÓPRIO TARANTINO em entrevista para a Rolling Stone de junho de 2007, diz alí textualmente que “Kill Bill é uma grande homenagem a Bo Arne Vibenius, (diretor ...) e ao seu Trhiller de 1974. É um trabalho cujo a originalidade não vem ao caso, não é o principal. É um tributo, uma ode as cameras lentas dos anos 70...” Ou seja; O Grande Tarantino ta muito bem resolvido com seu trabalho. Os fãs, pelo que me parece, não. Bem, foda-se os fãs. Vão ler... Mas voltando ao que nos apetece, Trhiller tem várias referencias que virariam quase que um padrão nos anos 80.


Sons bizarros que beiram a irritação mesmo... em cenas fortes, uso da câmera lenta em duelos, travellings criativos, camera na não em planos sequecia, pra lá de bem feitos e uma história forte, pungente na continha lógica entre violência e cenas de sexo reais, mesmo não ficando claro na época, que elas tenham sido feitas pela atriz principal, a linda Christina Lindberg. Mas como não vivemos a época da “mitologia de ralo”... Seguinte:


NÃO FORAM FEITAS AS POR CRISTINA LINDBERG AS CENAS DE FODEÇÃO! Ela tinha 14 anos há época. As cenas fora editadas de filmes pornôs suecos, cortadas na mão, em uma moviola véia. A fonte é a Cahiers du Cinema, edição 1437, de setembro de 1976. Bom, se você que le, não consegue entender a gente depois bola um desenho. Voltemos...


"Thriller - A Cruel Picture" vai muuuuuuuuuuitoooooooo além de um réles filme de ação e violência explicita. Sua contribuição para o cinema é até maior que o "Kill Bill" do Tarantino, graças às cenas de vingança: como na ótima seqüência da perseguição de carros, no tiroteio com dois policias que tentam parar a moça e no genial confronto com canalha safado que lhe fudeu a vida.


Um baita filme que merece ser visto por retratar a vingaça tendo como ponto máximo a forma lenta e bonita que o diretor utilizou para formar o retrato real da crueldade humana e de uma conseqüente sangrenta vingança.


E já falei pra carai;


Corri...