quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O HOMEM QUE MATOU O FACÍNORA - 1961



A bala ta na agulha!!! Hoje o Cine Xangai traz pra sua tela um filme de cabra bruto mesmo!

O HOMEM QUE MATOU O FACÍNORA do grannnnndeee John Ford é nosso filme em cartaz...

No ano da graça de 1960 Ford já tava com saco cheio de cinema. Era sempre os mesmos problemas, as mesmas pressões, a cobrança para a porra da “modernidade” por parte daqueles que não entendem a necessidade dessa mesma novidade, dialogar com a tradição; Tava ruim para o mestre. Ford é sem duvida o pai do cinema americano. Um cara que meteu na tela a história da formação do estado americano, de uma maneira corajosa, que americano nenhum queria ver. Falou de Monument Valey e das agruras dos pioneiros como ninguém. Não tinha o menor interesse portanto, nas porcariadas dos filmes trash e dos noir metidos a besta. Ford era um homem rude. E seu cinema, só entrou pra história porque ele soube retratar isso, o lirismo da rudeza como ninguém.

Foi então que num dia desses, de porra nenhuma pra fazer, que o nosso homem leu um conto da escritora Dorothy Johnsom e pimba! Tava alí o que ele queria fazer!!! Dessa forma começa a adaptação do roteiro do Homem Que Matou o Facinora. E não seria como os western's que se viam há época.

O filme começa com a história do senador é Ransom Stoddard (James Stewart) e sua esposa, voltando para a pequena Shinbone no Colorado, para um funeral. Ao chegar na estação de trem local é recebido por um jornalista amigo, o cachaceiro Dutton Peabody. A sua chegada o remte a lembranças que ele narrará ao longo do filme. De cara, lembra-se da sua amizade com Tom Doniphon, (ESTUPENDAMENTE INTERPRETADO POR JOHN WAYNE...) um pistoleiro que entende que o melhor jeito de manter a ordem é na bala. Recorda-se de como foi espancado e roubado pelo cabra sem-mãe, sangue-no-zóio, Liberty Valence e de como jurou meter o sujeito em cana pelas vias da lei.

As diferentes formas de ver a vida entre Stoddard e Doniphon gera o conflito todo filme e de toda a nação americana. Qual a melhor forma de resolver os problemas? Na força? Na lei? Com paciencia? Ou com Bala? O tempo todo essa tensão é latente no filme.

A presença do ladrãozão Liberty Valence, tocando o satanas na cidade, no terror total mesmo, gera sentimentos multiplos em quem o ve atuando.

Em uma dessas tretas, no restaurante onde Stoddard teve que dar um trmapo depois de ser roubado po Valance e seu bando, rolou la uns stress. Foi dito alguma coisa atravessada, o bandidão ficou na febre e pronto; Chamou o nosso mocinho da lei pra um duelo bala-com-bala na praça.

No entanto, no tal duelo, cousas estranhas acontecem e isso os senhores vão ter que clicar ae no play do vídeo, aumentar a tela e asisitir pra saber que a bandidagem aqui já falou demais. Tae o filme completo, com legenda, e tudo que vocês num tem direito mas que a gente disponibiliza porque somos uns ladrão bonzinho...

Corri!!


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O ZUMBI - 1933



Com a corda toda! Tamo ae na bandidagem para trazer um cabra bala aqui hoje...

Boris Karloff, um ingles nascido em 23 de dezembro de 1887 na cidade de Sussex, estrela o filme em cartaz de hoje, dirigido por T. Hayes Hunter:

O ZUMBI de 1933 esta no Cine Xangai.

Filmado em preto em branco no longinquo 1933, marca o começo de uma série de produções inglesas voltadas para o genero do terror. Sempre bão lembrar que os Estados Unidos viviam o crash da bolsa e cxada vez mais era complicado filmar por lá. Novos caminhos surgiam para as produções menores e um deles fez com que, T. Hayes, outro londrino bastante experiente, com diversos longas ingleses expressionistas no curriculum, encontra-se Karloff para esse tremendo classicão.

Custando a bagatela de 250 mil dolares, O Zumbi conta a estória do Prof. Morlant (Vivido por Karloff), um porra de um egiptólogo inglês, completamente abilolado das idéia, obcecado pelos poderes dos antigos deuses do Egito. Tremendo 13 da cachola!

Quando ele bate com as 10, no seu leito de morte, ele ordena para que seu capacho, vassalo, o serviçal, Laing (Ernest Thesiger), coloque uma jóia sagrada em sua mão, prevenindo-o de que, caso ela seja removida dali, ele deixará sua tumba em busca de vingança, transformando-se num zumbi assassino e ameaçador.

O Zumbi é sem duvida o filme mais citado e mais referencial entre todos os grandes diretores do seguimento. A adoração que ele gera vai de George Romero até Lucio Fulcci. Dario Argento por exemplo, fez uma série de 9 programas para a RAI em 2003 em comemoração aos 70 anos da pelicula. A série de programas acabou gerando uma feira de adoradores do genero e acabou criando uma nova série no Festival Sundance que era “Melhor Documetario para TV”, vencido por Argento.

E agora, os senhores terão a chance de ve-lo aqui no Cine Xangai, com legenda, completão e sem interrupção. Só dar o play, aumetar a tela e ser feliz.

Corri...


sábado, 11 de dezembro de 2010

DIRTY MARY CRAZY LARRY - 1974


Pois é, pois é... Eis que a Bandidagem do cinema ta de volta mandando brasa! E para marcar esse retonor nada melhor que o nosso amigo Quentin Tarantino e um dos filmes que o influenciaram.
"Dirty Mary, Crazy Larry" É a pelicula que de volta aós longo inverno no cine xangai.

Dirigido por John Houg, filmado em Stockton na California, Dirty Mary... faz parte de um fenomeno da américa dos anos 70. Foi a época em que os chamdos “muscle car”, os sedans de 8 cilindros passaram a fazer parte do imaginário dos jovens americanos. Milhões de carros foram vendidos e o fenomeno de vendas, logo se transformou em fenomeno pop.

Filmes como Vanish Point, Race For Evil, Easy rider e outros, pipocavam na telona. Era uma releitura do tal de American Way Life. O lance agora era correr! Sendo assim, o produtor Herman Norman, recrutou o astro dos filmes alternativos Peter Fonda e a deliciosa da Susan George e pronto: Começam as filmagens.

A história é recheada de perseguições de carro, tomadas aereas, muita piltoagem e todo o lirismo das estradas americanas, permeando o sonho de um ex piloto de Nascar, vivido por Fonda, o desbunde de sua companheira Susan George e mais tudo que pode haver de ludico na vida dos doces “inconsequentes” em busca de um sonho. O de Fonda, voltar para pliotar na Nascar. O da personagen de Fonda, apenas viver a vida. Com todas as benesses e maledicencias nela envolvidas.

O filme, sempre foi citado por Tarantino como um dos seus prediletos. Foi “descoberto” em São Paulo, quando o CCSP fez uma mostra com filmes escolhidos pelo dono dos Cães De Aluguel. Teve uma boa vida nas bilheterias e agora, vem com tudo em 2010 para marcar o retorno do Cine Xangai. Segue o player abaixo, sem as interrupções que o megavideo nos impunha e agora é só curtir!

Corri...



terça-feira, 2 de novembro de 2010

COFFY - 1973



Quando se pensa em cinema nos anos 70, não da mais para passar batido em um lance que marcou forte a industria da época. O primeiro sopro de independencia, o primeiro levante popular pra valer mesmo, dentro de um império que é a industria cinematografica:

A Blaxplotation.

Era uma época foda na America. Falamos de quando os EUA via os seus garotos perderem a juventude para voltarem da estupida Guerra do Vietnã como “veteranos de guerra”. Se já era duro pra todo mundo, imaginem para os garotos negros e pobre? Pois bem...

Alguns desses caras, cansados de tomarem resolvem se juntar para tentar algo com a real cara deles. Descolam um trocado, algumas vezes com os Panteras Negras, algumas vezes com os ladrão das quebrada, para fazerem o seu cinema. Então, os filmes de Blaxplotation eram produções onde havia negros relegados em outros trabalhos, em todas as áreas que envolvem a produção de um filme.

Diretores, atores, cameras, maquiadores, figurinistas... Todos negros. O ápice vem com SHAFT em 1973, onde a trilha sonora, de Isaac Hayes sai vecedora do Oscar daquele ano. E não foi só Hayes, que trampou nisso. Ron Ayers é o responsável pela sacolejante trilha sonora do filme de hoje. Falo de COFFY, o filme em cartaz no Cine Xangai...


Realizado no ano da graça e do cabelo duro de1973, a pelicula conta com a nossa deusa mor Pam Grier destilando safadeza no papel da enfermeira Coffy, que faz justiça pelas próprias mãos aos traficantes que deixaram sua jovem irmã em estado vegetativo.

A parada toda começa com ela se fazendo passar por puta para estourar um sem-mãe com um tiro de espingarda na cabeça. A coisa é braba e sobra pra um vigarista que faz às vezes de motorista do cafetão.

Em seguida, vem o contraponto, com a rotina comum de uma enfermeira boazinha que nem de longe lembra a destemida justiceira. Há o envolvimento de Coffy com o congressista Howard (Booker Bradshawn) - ativista negro que depois descobrimos ser um um belo de um filho da puta, e uma xamegação da gota, com o bondoso policial Carter (William Elliott).


Em busca do sucesso em seu mirabolante plano de vingança, ela vai fazer às vezes de uma das garotas do impagável e espalhafatoso cafetão George (Robert Doqui, o sargento de
Robocop, lembra?!). George tem uma morte cruel, mas não sem antes estabelecer a relação da justiceira com o mafioso racista Arturo Vitroni (Allan Arbus) e seu inseparável capanga Omar (ninguém mais ninguém menos que Sid Haig).

Coffy tem uma edição ágil, personagens carismáticos e uma trilha sonora fodastica de RON AYERS. Anos 70 total! Impredível, nossa ode ao cabelo duro e chega de falação!

Bora assistir! Corri!




terça-feira, 26 de outubro de 2010

THE COMMITMENTS - 1991



Como de praxe em datas festivas, agora, Tadeu Alcaide, “O Reverendo”, ganhou de presente aqui da bandidagem, o direito de escolher um filme para homenagear o miscelanea pop que faz anos. O escolhido é THE COMMITMENTS e o texto do mestre segue ae embaixo...


Numa noite de 1991, perambulando com alguns amigos pela Praça Roosevelt, ainda estava cedo demais para a balada na extinta casa noturna alternativa Hoelisch. Normalmente, entraríamos em algum bar para o tradicional “esquenta”, porém naquele dia, não me perguntem como, decidimos assistir um filme que estava em cartaz no cineclube Oscarito: The Commitments – Loucos pela fama, de Alan Parker.
Nem sabíamos direito do que se tratava e ninguém da turma curtia Soul Music. Mesmo assim, o valor do ingresso era barato demais naquela época (ainda não existiam salas do Cinemark por aqui) e fomos atraídos pelo cartaz, com uma foto de uma banda que tinha mais integrantes do que os Titãs.
Para nossa surpresa, a história era sobre um grupo de músicos irlandeses branquelos, que se juntam para tocar o ritmo negro norte-americano. O mentor do grupo era Jimmy Rabbitte (Robert Arkins) um jovem que não tocava nenhum instrumento e não sabia cantar, mas que idolatrava James “Godfather” Brown e toda aquela turma que surgiu nos anos 60, lançados pela gravadora Stax.
Assim que ele é convidado para agenciar a banda, propõe: “Vamos formar um grupo de Soul de Dublin”. Os músicos, ainda meio hesitantes, acabam aceitando. A partir de um anúncio para escalar os demais integrantes, começam a aparecer os mais variados e hilários tipos, para fazer o teste.
Com o time formado, Jimmy que não era besta, colocou três garotas para fazer os backing vocals e as coreagrafias no palco. O vocalista era um gordinho escroto e egocêntrico, mas que sabia cantar muito. Joey, um trompetista falastrão, que era um músico mais experiente, se junta à trupe.
Os ensaios começam em meio aos desentendimentos entre os integrantes, a inexperiência dos músicos e a tentativa do empresário em fazer com que a banda de brancos europeus toque como negros americanos. Em certo momento ele compara - “Nós, Irlandeses, somos os negros da Europa” - referindo-se à descriminação sofrida por ambos.
Aos poucos, a banda começa a se entrosar e a fazer shows em pequenos clubes e bares. No repertório, apenas canções clássicas de Al Green, Wilson Picket, Otis Redding, Aretha Franklin, ou seja, só coisa fina! A trilha sonora é um espetáculo à parte no filme.
Um dia pinta a grande chance dos Commitments serem catapultados ao mainstream. Joey, aquele que está sempre se gabando de já ter se apresentado com grandes nomes da música , inclusive com Elvis, afirma que Wilson Picket aceitou o convite para se apresentar com eles, o que acabou não acontecendo e culminaria no desfecho da trama.
Ao sair do cinema, lembro de estar feliz por ter assistido um filme cheio de momentos cômicos, um roteiro inteligente e uma excelente trilha sonora, que me fez começar a gostar bastante de Soul. Pouco tempo depois de assisti-lo, já tinha comprado alguns CDs dos grandes nomes que marcaram o gênero e foram homenageados neste filme.
Agora é com vocês. Só clicar no play e curtir...


terça-feira, 19 de outubro de 2010

SOUL KITCHEN 2009


Depois de enfrentarmos uns problemas técnicos com nossos players de vídeo, o jeito foi dado com o sofisticado Megavideo e a estréia do danado vem com um filme que marca primeiro por seu espirito pop, sua trilha sonora negona balançante e segundo, pelo seu diretor ímpar, Fatih Akin que já havia feito classicos como CONTRA PAREDE e agora vem a tona com o imperdivel SOUL KITCHEN de 2009. Vamos a pelicula portanto...


Soul Kitchen é o nome de um restaurante, cujo dono é o imigrante Zinos (Adam Bousdoukos, que é também roteirista do filme). O fazedor de rango, prima por seu junk foood terceirão, sem muito esmero, o que agrada os seus frequentadores. Mas Zinos está cheio de problemas...



Para continuar com seu restaurante, ele tem que vencer os diversos obstáculos que aparecem, entre eles a distancia de sua namorada, dificuldades financeiras, o irmão pedindo sua ajuda, essas coisas de sempre. E superficialmente é até aí mesmo. Porém, é nas entrelinhas que encontramos o verdadeiro Fatih Akin.



Mais que uma cozinha, mais que um restaurante, o filme fala de áreas, não só em Hamburgo, mas que no mundo todo, estão sofrendo com a especulação imobiliária. Áreas onde, a alma, o “soul”, acaba dando lugar a enormes emprendimentos frios, porque tornam-se de uma hora outra pra outra, valorizadas.



Não há limites para essa especulação. Nem que para isso, tenha que se “fuder” com o governo. Como na cena em que Thomas, seu amigo de colégio, o especulador, interpretado por por Wotan Wilke Mõhring tranza com a fiscal do governo no meio do restaurante e ainda tira fotos em seu celular. No final, ele mesmo afirma estar feliz por “fuder com o governo”.

Mais longe ainda, o filme fala de como o alemão trata seu imigrante. Com certo preconceito e desprezo, mais que isso, com uma certa limitação de até onde pode esse imigrante chegar, como colocou muito bem Eduardo Diaz em sua crítica na Revista Cinética.



O restaurante “Soul Kitchen” tem um público, mesmo que limitado, mas um público que frequenta quase que diariamente o restaurante. Tentando solucionar seus problemas, Zinos tenta realizar uma mudança no cardápio para atrair novos frequentadores. A mudança é recusada porque, para seus frequentadore, não precisa de nada disso. Basta que os imigrantes limpem seu chão e sirva seus pratos.



Ponto para a reflexão!



Agora chega de falatório e assistam ae! Para encher a tela, é no sexto botão do player



Corri...






segunda-feira, 4 de outubro de 2010

OPERAÇÃO FRANÇA - 1971


Tem filmes que a gente não tem uma forma melhor de definir... PUTA FILME DU CARALHO!!! Operação França é bem assim... Vamo lá, hoje os Bandidos Do Cine Xangai, trazem uma rapa de ladrão fudido pra sua tela...



Quando Operação França faturou nada mais nada menos do que cinco, dos oito Oscar que disputou em 1972, o mundo do cinema ficou besta! Quem era essa turma?!?! Que diacho de diretor é esse que ninguem conhece??? Pois é...



Quando Willian Friedkin apareceu no set para dirigir a parada ninguém botou fé. O projeto também foi uma porra pra sair! Ninguém acreditava que aquilo poderia sair do papel. Um filme totalmente incomum para o cinema americano de então. Afinal de contas, em Operação França, havia um mocinho não tinha nenhum receio de ser Fudido, sangue no zóio, mal educado, cabra bruto, sem nenhum medo de fazer o satanas para conseguir o que queria...



Rola na tela uma Nova York suja, melancólica, podre, escrota. William Friedkin, conseguiu, graças a sua experiência em documentários, levar as telas de forma realista a história real da maior apreensão de heroína da história americana, realizada pelo durão Popeye (vivido por Gene Hackman) e Cloudy (Roy Scheider).



Na cartilha do policial Popeye, a dupla contrariou a tudo e a todos na polícia para prosseguir com o caso e tudo isso é mostrado na tela, desde quando Popeye começa a desconfiar dos traficantes em uma hilária cena no bar, e ae começa o fusuê... A partir dae começa a perseguição da dupla, atras dos traficantes do esquema de Marselhe.



O filme conta com atuações antológicas de atores como Fernando Rey, na pele do contato dos franceses na américa, de Gene Hackam que deslancha a partir de então, tendo cenas maravilhosas, mandando tudo quer é politicamente correto pra casa do caralho, como, na cena em que cata um safado, sem vergonha filho da puta, vestido de papai noel e come o vagabundo na porrada! E foi um inferno para conseguir de Hackman essa atuação! Vejam:



Ele odiava o papel!



Era bonzinho demais para o seu personagem, que é racista filho da puta e tosco pra caraio! O Popeye de verdade, que trampou como consultor do elenco era odiado por Hackman e o clima era uma merda no set! Com o tempo, descolaram la um jeito de não se matarem e as filmagens seguiram. Seguiram tanto que a cena da perseguição de carros é simplesmente uma das mais lindas já realizadas na história do cinema!



Com uma porra de uma camera no banco de tras de um carro, com um motorista louco no volante, a 140 kilometros por hora pelas ruas de NY, simplesmente todos os acidentes vistos na cena foram reais!!!!!!!! A batida no ônibus, no paredão, no carro que cruzou a pista... Tudo!



O filme rendeu uma sequencia muito pobrinha em 1975. Mas o legado dele temos até hoje em tudo que se faz com carros em hollywood. Uma porrada na cara dos caretas americanos da época! Revolucionário até hoje! Imperdivel! Cliquem, encham as telas e assistam....



Corri!!




segunda-feira, 27 de setembro de 2010

TRAINSPOTTING - 1996



No CINE XANGAI não da para falar de cinema, abrindo mão da paixão. Emoção talvez seja um dos principais motivos para ele existir. Sendo assim, não mexeremos no texto do Tadeu Alcaide, primeiro, porque como sempre, esta muito bom! Segundo, porque a gente não gosta de cagar técnicas e “cunhecimentos” em cima de algo tão nobre como a emoção. Tadeu Alcaide, marido de Vivi, viu esse filme de hoje, usando o mesmo como xaveco para a então namorada (Ele não contou isso mas a gente entrega he he...) assistindo o líbelo em uma sessão num decadente cinema da baixada do glicério em sampa. Dado o amor, deu certo e até hoje estão casados e juntinhos.
E vocês acham que a gente vai tirar esse sentimento do texto? Nem fudendo!
Segue abaixo, na íntegra o texto de Tadeu Alcaide do ótimo blog Miscelanea Pop http://miscelaneapop.blogspot.com


Aproveitem!

NO PREGO: Agradecimentos pra láááá de especiais a Danny Boyle e a Dts. És um bandido do bem, Danny...



A primeira cena do filme já começa com a arrebatadora Lust for life, de Iggy Pop, enquanto dois jovens correm pelas ruas fugindo da polícia, com a seguinte narração em Off:
Escolha uma vida, escolha um trabalho, uma carreira, uma família. Escolha uma televisão grande, uma máquina de lavar, CD player, abridor de latas elétrico...
...Escolha saúde, colesterol baixo, seguro dentário, prestações fixas para pagar. Escolha uma casa, ter amigos, se masturbar num domingo de manhã, pensando na vida...E ficar vendo televisão, comer um monte de porcarias “
Logo, o narrador conclui seu raciocínio – “...porque eu iria querer tudo isso? Preferi não ter uma vida, preferi outra coisa...E os motivos? Não há motivos. Para que motivos quando se tem heroína?”
Pronto. Nos primeiros segundos de filme o diretor Danny Boylle já conquista o espectador.
Ele retrata um grupo de jovens escoceses faz uma jornada ao submundo das drogas em Edimburgo, a partir da figura central de Mark Renton (Ewan McGregor), que decide largar o vício da heroína.
Daí em diante, a história se desenrola em meio às desventuras de seus amigos. Os usuários de heroína são Sick Boy, um cinéfilo que vive fazendo citações de filmes e Spud, um tipo imbecilizado e ingênuo. Begbie (Robert Carlyle) é o truculento de pavio curto e Tommy é o atleta da turma que nunca se drogou.
Boylle conduz a trama de maneira genial. Diálogos envolventes, humor corrosivo, cenas surreais, momentos dramáticos e uma trilha sonora para lá de espetacular, com músicas de David Bowie, Brian Eno e Lou Reed, que nos brinda com “A perfect Day” inteirinha, numa das cenas de overdose mais inesquecíveis do cinema.
Enfim, Trainspotting é um Cult movie desafiador, sem ser moralista e mergulha na contracultura de uma juventude que vive sem limites, encontrando nas drogas uma fuga do marasmo de suas vidas vazias e da falta de sentido em suas existências.








segunda-feira, 20 de setembro de 2010

EVIL DEAD - 1981



Vida de bandido é meio foda mesmo! Imagina bandido que gosta de cinema como os daqui?! Ver o que? Bem... De último corri pra assisitir ARRASTE-ME PARA O INFERNO e enquanto a dama que me acompanhava pragejava todoas as odes do mau contra a pelicula, em meio a sua bacia de pipocas, eu estava feliz da vida!

No filme, Sam Raimi retrata um universo totalmente pop e bizarro, retomando um genero que ele conhece como ninguém. Afinal de contas, ELE CRIOU ESSE TAL GÊNERO! E o filme de hoje provará isso que dizemos aqui. Senhoras, senhores, moças virgens, tias encalhadas, ladrões, putos e santos... Com vocês, EVIL DEAD!

Ta a gente sabe, falar em Sam Raimi, hoje cineasta celebrado, com sucessos de crítica como A Simple Plan e sucessos de público como Spider-Man em 1981 é longinqua viagem mas isso se faz necessário para que possamos entender a película em questão, hoje; Sua carreira começou com filmes modestíssimos, que se tornaram cultuados e superestimados. Falamos então de um estudante de cinema de Yale, que tinha como amigos, uns irmãos judeus estranhos, tais de John Coehn e Etah Coehn, só... Esses dois malucos seriam seus assistentes, as namoradas seriam atrizes e um ótimo ator de teatro de nome Bruce Campbell, seria o tal protagonista. Era só partir para as filmagens. Mas não ia ser tão fácil.

Com 200 mil dolares coletados de emprestimos e hipotecas, cameras surrupiadas do equipamento das faculdades dos moços, locações tacanhas na Florida, perto de Canaveral Cabble e muita criatividade, os doidão começaram a rodar o filme:
Trata-se de cinco amigos (dois rapazes e três garotas) que vão passar o fim-de-semana numa cabana na floresta. Lá encontram um livro antigo e uma gravação com a tradução das inscrições aparentemente indecifráveis. Como curioso é a imagem do satanás, eles ouvem a porra da fita e diaba desperta tudo que é exu, entidade e demônios que vão se apossando dos seus corpos, um a um.

Apesar do tema, não se trata de um filme de horror. Pelo contrário, a violência exagerada lembra os desenhos animados de Tex Avery e a encenação infantilizada sofre forte influência de The Three Stooges (Os Três Patetas). Ae vem a critividade:

Como a grana era pouca e não dava para fazer muitas externas, Sam Raimi concentrou toda a ação dentro da cabaninha. Alí, em um plano sequencia, filme esses cabra sendo possuídas por demônios, transformando-se em criaturas nojentas e em seguida sendo mutiladas e desmembradas pelo herói Ashley, interpretado de forma extremamente caricata por Bruce Campbell. Era a fórmula sendo pronta...

A partir do enorme sucesso posterior que o filme teve, EVIL DEAD se torna principal referência para absolutamente tudo que se faz no genero terror, hoje em dia. Todos os grandes filmes lucrativos que entraram para história adotaram essa fórmula e Sam Raimi, se tornou um dos grandes mestres da cousa toda. Mas num tem que ficar assuntando muito aqui... O filme, legendadinho, completo e gratuíto tão ae pra vocês assistirem. Cliquem ae e eu...

Corri!!




segunda-feira, 13 de setembro de 2010

ASSASSINATO POR AMOR - 1975



Quando eu era pivete abusado no PNO dos anos 80, estava descobrindo uma rapa de coisas, dentre elas o cinema francês. Tinha 14 anos em 1984 e então meu velho me levou no chique Cine Vitrine na augusta para me apresentar Claude Chabrol e seu filme NAS GARRAS DO VICIO. A impressão que tinha ficado, já tinha sido boa. Anos mais tarde, quando eu já tinha beijado umas bocas pelo mundo afora, assisit LE ENFÉR, ou CÍUME – Inferno do amor Possessivo... com a deusa EMANUELLE BÉART. Pronto; Eu já era fã do homi...

Agora, para homenagear o mestre, que ficou de saco cheio dessa merda toda e partiu para uma outra, dia 12 último, os BANDIDOS DO CINE XANGAI tem a honra de trazer ASSASSINATO POR AMOR de 1975, dirigido pelo mestre Claude Chabrol...

Chabrol nasceu em 1930 e aos 17 anos, já era ponta de frente mesmo da Nouvelle Vague. Dono de textos maravilhosos sobre cinema, impulsionou a revista lendária Cahiers Du Cinemá e aquela altura, já tinha um livro junto com Eric Rhomer sobre a obra de Alfred Hitchcock. Mas a vontade ia além...

Doido para lançar seu primeiro filme, o bruto casa-se com Agnès Diardot, riqueissima muié das altas sociedades francesas e bem... Conseguiu a verba pro primeiro filme!!

NAS GARRAS DO VICIO era o marco do movimento que ficou eternizado como NOUVELLE VAGUE e Chabrol era um de seus expoentes. Bom o casório não durou muito, cinco anos.Divorciou-se para casar com sua musa, a atriz Stéphane Audran, começando uma frutuosa colaboração até se separarem, em 1980.

Durante este período, tornou-se um especialista da análise da burguesia francesa, criticando com veemência um conformismo servindo para dissimular a efervescência de vícios e de ódios. Que seja no domínio da comédia feroz ou do filme policial, frequentemente associado ao roteirista ‘’Paul Gégauff’’ , Claude Chabrol nunca deixou de assediar a hipocrisia, as baixezas e a besteira com atuações impecáveis de seus atores prediletos: Stéphane Auldran, Michel Bouquet e Jean Yanne. Ele compôs assim um retrato sem compromisso da França dos anos 70, áspero e corrosivo, onde predominam La Femme infidèle (A mulher infiel), Juste avant la nuit ( Pouco antes da noite) ou Les Biches( Os bichos). Então no ano da graça de 1975, o mestre finalmente recebe o convite da Paramount para uma produção com os EUA.

Contaria com grana, o ótimo ator Rod Steiger e e a deslumbrante beleza de Romy Schneider nos papéis principais. A parada do filme é a seguinte:

A safada da Julie Wormser vive em St Tropez com seu rico marido, Louis, 18 anos mais velho, aposentado precocemente por causa de problemas cardíacos. Louis é bebum, cachaceiro, brocha e decadente mas Julie parece não se incomodar com isso, até conhecer Jeff, um jovem escritor, cabra safado, talarico dos inferno, com quem inicia um romance.

Daí pra frente, ceis sabe como é... o Satanpás atenta! Então os dois amantes que não se contentavam em se pegar pelos corredores da casa, no quintal e na chaminé, arquitetam um plano para eliminar Louis, e fazer a morte parecer um acidente. As coisas não saem como o esperado, o amante desaparece e Julie é a principal suspeita pela morte do marido. O que teria acontecido? O que Julie não sabe?

Aeeeee vocês cliquem alí embaixo e assistam pra saber.

Eu me despeço fazendo honras a esse homem que revolucionou o cinema mundial. Cinema esse, que ta bemmmmmmmmmmmm menor sem ele...

Bom descanso mestre!

Corri...





segunda-feira, 6 de setembro de 2010

GOSTO DE SANGUE - 1984



Então no feriadão de 7 de setembro, vamo falar de quem preza pela independencia no cinema também...

E a primeira vez que lembro de ter lido o sobrenome Cohen, foi nos caracteres de Evil Dead, como auxiliar de direção. Tratava-se de John e Ethan. Então, no prodigioso ano de 1987 fui até Olido, numa quarta feira a tarde para assisitir GOSTO DE SANGUE. Era a estréia da dupla de diretores, quem já mostravam que eram fodões logo de cara.

A pelicula foi filmada de forma independente, sem o apoio de grandes estúdios, e sem porra nenhuma de estrutura, conta a história de uma traição e o enlace se dá a partir do instante em que o dono de um bar no Texas, Julian (Dan Hedaya), manda um detetive particular (M. Emmet Walsh) seguir a esposa (Francês McDormand) O Detetive, confirma de cara que o elemento botequeiro é um tremendo de um corno, gaiudo, chapéu de touro, fura fronha, alce canadense, espeto de estrela cadente e que o responsável pelo adorno é justemente o seu funbcionário. O corno emputece!

Furibundo da vida, bota mais um turú em cima e pede que o detetive mate os dois safados enquanto passa uma temporada fora da cidade. Daí pra frente o inesperado rege a trama...

Gosto de Sangue” chamou a atenção após uma vitoriosa exibição no Festival de Sundance, onde ganhou um prêmio em 1982. O sucesso de público não veio, mas a boa receptividade em Cannes garantiu aos Coen a continuidade de uma carreira autoral de longa duração, nos subterrâneos de Hollywood, com qualidade e consistência pouco encontradas em produtos norte-americanos.


E agora chega de falação e assistam ae...


Corri...




quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A MEIA NOITE LEVAREI SUA ALMA - 1964


Well, Well, Well como diria o outro... Aqui estou, o FRENTE desse crime trazendo um tanto de charme pra essa criminalidade nossa do dia. E como sempre acontece, trago boas novas. Agora são BOUUUUUUUUASSS novas mesmo. Os meus bandidos andaram trabalhando bem e trouxeram... não um bandido qualquer mas, O DONO DA PORRA TODA para esse cinema que agora sim, passa a ter alguma decência. Hoje vamos falar daquele que para nós é o maior nome, mas disparado mesmo... o Maior nome do cinema nacional. JOSÉ MOJICA MARINS traz o e seu ESTA NOITE ENCANAREI TEU CADAVER são os convidados dessa sala profana.


E para nos ajudar a falar do mestre, O DONO DA PORRA TODA vem pro cine xangai; CARLOS REINCHENBACH nos da a honra da paricipação nesse texto. Perguntamos para o mestre, o que ele achava, como ele via o papel do Zé Mojica no cinema nacional. Nos disse o seguinte:


Mojica é um criador absolutamente original, instintivo e "bárbaro e nosso" (parafraseando Oswald de Andrade). Mojica inventou o horror caraíba. Como disse Rogério Sganzerla na abertura do filme AUDÁCIA!, Mojica filma o "homem brasileiro": primitivo, recalcado e submisso. Não se pode compará-lo a nenhum outro cineasta estrangeiro porque é único. Mojica e Glauber Rocha podem ser chamados, sem nenhum exagero, de gênios da raça, por terem "inventado" os dois personagens míticos do cinema nativo: Antonio das Mortes e Zé do Caixão...”



Então já vamos começar a partir dae; Falamos de alguém genial. Sua criação não seria menos que isso...


Em MEIA NOITE... Mojica nos apresenta o agente funerário Zé do Caixão; Um sujeito temido e odiado pelos humildes moradores de um vilarejo, que vive a demente obsessão de gerar o filho perfeito, que possa garantir a perpetualidade de seu sangue. Ele busca pela mulher ideal, aquela que será capaz de conceber sua criança, e não hesita em matar todos que ousam interferir em seus planos.


Tudo começa de um pesadelo recorrente de Zé Mojica, onde ele via um vulto, arrastando-o até seu próprio túmulo. Dessa forma concebeu o primeiro filme de horror do cinema brasileiro.


Com ele, Mojica coloca o personagem Zé do Caixão na categoria de imortal na galeria dos monstros macabros do cinema fantástico de todo o mundo, vencendo diversos prêmios internacionais e seguiu sua saga em Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver de 1967.


José Mojica Marins é sem dúvida um dos maiores nomes do cinema nacional, único com real sucesso E MERCADO dentro do cinema mundial, citado por Rob Zombie, George Romero, Lucio Fulcci, como gênio, ídolo de caras como Alex De La Iglesia, completamente apaixonado pelos seus filmes, Mojica tem por parte da cinematografia mundial, esse reconhecimento. Se o Brasil não entende isso, foda-se! Aqui no Cine Xangai, entendemos e enaltecemos este, que é um dos grandes orgulhos de nossa moviola bandida.



Bem, vou à minha cerveja, ao sm de Jacob do Bandolim. Assistam, plebe...